RADIO FÊNIX


segunda-feira, 2 de julho de 2012

Coronel Murta sai com dois candidatos a prefeito: Letâncio Freire e Fia de Duzim

Grupo dos "porreta" se divide com disputas de candidaturas
Candidatura de Letâncio Freire se fortalece muito com racha do grupo da Prefeitura

As eleições em Coronel Murta, no Médio Jequitinhonha, nordeste de Minas, sempre foram dominadas por dois grupos hegemônicos desde a emancipação do município, em 1953.

Um foi fundado pelo ex-prefeito Miguel Pedro (1963-1996 e 1977-1982), o grupo dos baianos e cacaieiros, como contraposição ao outro grupo histórico dominado pela família Murta.

A partir de 1982, um novo quadro se desenhou. Durante a eleição o prefeito e líder político Miguel Pedro faleceu, em agosto daquele ano. As eleições foram vencidas por Rômulo Murta, PMDB, embora sua votação tenha sido menor do que a do professor Aherton Batista, do PDS. A soma das sub-legendas deu ganho ao mais votado do PMDB.

O grupo originário de Miguel Pedro ficou à procura de uma liderança que o substituísse. O natural seria Aherton Batista, mas ele se transferiu, em 1986, para a cidade de Januária, no norte de Minas.
Em 1988, Rômulo Murta fez o seu sucessor, o fazendeiro Manoel Mutuca. A médica Sílvia Prado foi a candidata do grupo do Miguel Pedro. Perdeu a eleição por diferença de 7 votos.
O ex-prefeito Inácio Murta foi comandante local do poder político de Coronel Murta por quase 20 anos
Como vereador, Inácio Murta surgiu como liderança e oposição ao grupo do seu primo Rômulo Murta. O grupo se rebatizou como "porreta" e cunhou a alcunha de "catrevo" no grupo opositor.
Em 1992, Inácio Murta, do PP, se elegeu enfrentando diretamente Rômulo Murta. Foi a primeira vez que os Murta disputaram a Prefeitura entre si. Inácio governou de 1993-1996 e 2000-2007. Inácio foi assassinado, em casa, no início de 2007.  O vice-prefeito Leno Moutinho assumiu e terminou a gestão. Leno foi reeleito em 2008.
Portanto, este grupo político está no poder desde 1993, com um intervalo de 1997-2000.

O grupo politico que tem como liderança o vereador Rômulo Murta, do PMDB, ex-prefeito de 1983-1988, elegeu sua esposa Vânia Bittencourt, 1997-2000, pois estava impedido legalmente de se candidatar. A administração foi considerada desastrosa, e possibilitou o retorno de Inácio Murta.

Até a eleição de 1996, a diferença de votos sempre foi baixa, abaixo de 200 votos. Em 1982, foi de 48 votos, a favor de Rômulo, contra Aherton. Em 1988, foi de 7 votos, a favor de Manoel Mutuca,contra a médicas Sílvia. Em 1992, foi de 111votos, a favor de Inácio Murta, contra Rômulo Murta. Em 1996, foi de 151 votos, a favor de Vânia. 

Em 2000, Inácio Murta enfrentou Leno Moutinho como prefeito e Letâncio como vice. Venceu com uma diferença de mais de 1.000 votos. Em 2004, Inácio atraiu Leno para seu grupo e ofereceu-lhe a vice. Leno aceitou. Inácio se reelegeu com mais de 900 votos de diferença. Como oposição, Letâncio Freire foi derrotado, tendo como vice Dodoca, do PT.

Em 2008, Leno Moutinho, do PP, já como candidato do grupo dos "porreta" derrotou seu antigo companheiro de chapa Letâncio Freire.

Vice-prefeita Eliete foi preterida pelo seu grupo como candidata a prefeita


De lá pra cá, o grupo dos Porreta se dividiu e apareceram 3 candidatos a prefeito: Dr Wesley, a vice-prefeita Eliete da Abita e o vereador Valdeir da Barra.
Na disputa da presidência da Câmara, em 2011, dois vereadores do grupo porreta bateram chapa. Lili Perobeiro, apoiado por Ney Aguilar e Valdeir, perdeu para Bau de Ouro Fino, apoiado por alguns secretários municipais, Dr Wesley e outras lideranças do grupo da administração atual. A oposição tirou proveito da situação.
Aí foi o divisor de águas, segundo o vereador Ney de Geraldo de Salvina, do DEM.
O prefeito Leno Moutinho em visita a uma projeto comunitário, acompanhado do Secretário de Governo, Danilo de Castro


Lideranças do grupo lançaram o médico salinense Wesley, radicado há 12 anos em Coronel Murta. Esta candidatura foi apoiada pelo vice-governador Alberto Pinto Coelho, e pelo poderoso secretário de Governo de Anastasia, Danilo de Castro. Na festa do Grande Forró, o nome do médico foi gritado em praça pública.

Eliete  decidiu também apoiar Letâncio com o seu partido, o DEM.
Dr. Wesley desistiu da candidatura, vendo todo o grupo rachado, informando que a até a família do prefeito Leno estava apoiando o candidato da oposição.  
A solução caseira do PSDB e PP é o lançamento de Fia de Dozim, ex-vereadora, tendo o vereador Lili Perobeiro como vice. Informações indicam que a coligação terá 13 candidatos a vereador.

Letâncio se tornou um candidato muito forte
Letâncio Freire, o Lé, se fortalece com muitos apoios de lideranças e dos seus eleitores fiéis
O pequeno fazendeiro Letâncio Freire, do PHS, se fortaleceu como candidato. Seu jeito tranquilo e sua persistência o coloca, hoje, como franco favorito. Recebe o apoio de grandes lideranças do grupo adversário. Ele foi vereador, disputou as eleições de 2000 como vice, na chapa como o atual prefeito Leno Moutinho. Perdeu. Retornou como candidato a prefeito, em 2004. Outra derrota. Voltou a se candidatar em 2008. Perdeu novamente, sendo desta vez diretamente para seu ex-companheiro, Leno Moutinho.
Nestas eleições, Lé, como é conhecido foi chamado pelo grupo "porreta" para compor a chapa como vice de Dr Wesley. Ele não aceitou e disse que seus eleitores queriam vê-lo prefeito. Por isso, se candidata de novo.
Letâncio Freire manteve o seu grupo unido. Atraiu Valdeir para ser seu vice. A vice-prefeita Eliete se sentiu alijada do grupo a que ela e sua família sempre pertenceu. Tentou ser a candidata do grupo que não aceitou. Decidiu apoiar Letâncio
Desta vez, ele tem grandes esperanças em se eleger, garante alguns analistas da política local. Sua coligação está formado pelo PHS, PSD ( do vice Valdeir), PMDB, PT e DEM. Os partidos coligados pretendem lançar mais de 30 candidatos a vereador.
Assim, o grupo de Lé recebeu o apoio das lideranças do "porreta": a vice-prefeita Eliete, os vereadores Valdeir e Ney Aguilar, outras lideranças e apoiadores do grupo do  PSDB/PP.
O grupo adversário argumenta que os novos apoiadores de Lé têm uma verdadeira inimizade entre si e com a liderança Rômulo Murta. Dificilmente, o grupo conseguiria fazer uma boa administração, afirmam.
Letâncio garante que as diferenças políticas e de relacionamento são normais, pois conviviam como adversários, agora viraram companheiros. Os problemas serão superados com o tempo, utilizando o diálogo e o bom senso, afirma Letâncio.


FONTE: BLOG DO BANU

Um comentário:

  1. espero que coronel murta vai dai para menhor ...
    porque o nosso pais não esta sendo um pais digno de todos nos viver

    ResponderExcluir