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domingo, 8 de julho de 2012

Jornal Estado de Minas inicia série sobre degradação dos rios mineiros, entre eles o Araçuaí e Jequitinhonha


Repórteres percorreram as bacias dos rios Grande, Jequitinhonha, Araçuaí e São Francisco para ver de perto a situação das águas. O que viram, não é nada animador.

Foto: divulgaçãoJornal Estado de Minas inicia série sobre degradação dos rios mineiros, entre eles o Araçuaí e Jequitinhonha
Rio Jequitinhonha abrange 71 municípios ao longo dos seus 1.090 km até desaguar no mar da Bahia
O Jornal Estado de Minas inicia neste domingo (8/7) uma série de reportagens sobre os rios de Minas. O desaparecimento de espécies , a poluição, desmatamento de matas ciliares e os afluentes que já não correm mais, dão a tônica das matérias.

Repórteres percorreram as bacias dos rios Grande, Jequitinhonha, Araçuaí e São Francisco para ver de perto a situação das águas.
O que viram, não é nada animador.

Nos rios Araçuaí e Jequitinhonha, ameaçados pela exploração desordenada de areia e dragas para exploração de ouro, foi constado a  ameaça de  extinção de espécies naturais como o piau, roncador, bagre entre outros.

Para muitos pescadores, o peixamento realizado pela Cemig após a construção da barragem de Irapé, entre os municípios de Berilo e Grão Mogol, novas espécies foram introduzidos no “ habitat natural dos rios”, como a piranha e o caxara, este último, altamente predador e natural da bacia Amazônica.

Jequitinhonha: Um rio para saciar a sede de riquezas

A história do Rio Jequitinhonha brotou nas aldeias dos índios botocudos, antigos habitantes do Norte Mineiro e Vale do Jequitinhonha, para quem o rio era promessa de fartura e cenário de encantamentos.

Hoje, o rio não é o mesmo dos botucudos.
Ao longo dos séculos, esse rio tão rico em peixes sofreu duramente com a exploração irresponsável e a ganância do homem, através do garimpo de ouro de diamante, no alto Jequitinhonha e a agropecuária, no Médio e Baixo Vale.

Mas, ainda assim, seco e engasgado na sua parte alta, próximo a Diamantina, segue o seu curso, ensinando, na resistência, a sua generosidade.

O Rio Jequitinhonha nasce em Milho Verde, lugarejo próximo da cidade do Serro (MG) e segue em direção à Bahia por 1.090 km.

Um emaranhado de fios de prata, escorrendo na rocha, brota na Serra do Gavião, parte da cadeia do Espinhaço, e vai esculpindo a terra, formando até os arredores de Senador Mourão, um leito encaixado e repleto de desfiladeiros e canyons.

Em Barra de Salinas, o Jequitinhonha recupera seu talento de escultor e volta a cavar os canyons até Itira,  município de Araçuaí, onde encontra o seu principal afluente, o rio Araçuaí.. Nesse trecho, o rio ganha força para chegar até Belmonte, (BA), onde deságua no mar.

Na grandeza do seu abraço, a Bacia do Jequitinhonha abrange 71 municípios, com 63.013 km2.

O rio Araçuai sofre com a seca de seus afluentes

O Rio Araçuai, outra grande beleza do Vale do Jequitinhonha, também está ameaçado. Ele nasce em Diamantina, na Serra do Gavião e corre paralelo ao Jequitinhonha. Os dois rios se encontram ana Barra do Pontal,  no distrito de Itira, em Araçuai.
Seus principais afluentes são o Setúbal, Gravatá e Calhauzinho, ameçados de desaparecer.
Para especialistas, a salvação do rio Araçuai será a construção de uma barragem. Já existe um projeto para sua construção na região de Santa Rita, no município de Chapada do Norte.

Sérgio Vasconcelos
Repórter

Fonte: Gazeta de Araçuai

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